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sexta-feira, 25 de abril de 2025

Colonização de Piauí

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No século XVI, Portugal começou a focar na supervisão de suas possessões coloniais, criando um sistema colonial próprio e estabelecendo governos gerais. O rei Dom João III formou o Governo-Geral do Brasil, escolhendo Tomé de Sousa para a missão de aprimorar a administração, organizar as receitas reais e assegurar a posse das terras. Junto ao primeiro Governador-Geral, estavam os Garcia D’Ávila, que trouxeram os primeiros rebanhos de gado zebu de Cabo Verde, juntamente com os jesuítas da Companhia de Jesus, liderados por Manuel da Nóbrega, encarregados de converter os nativos e regular as atividades do clero (SOUSA, 2008: 4).

Esses três fatores foram essenciais para a colonização de Piauí, com os Garcia D’Ávila à frente da exploração da área, subjugação dos indígenas e estabelecimento de fazendas, onde o gado se tornou a base econômica, promovendo a interiorização dos colonizadores e a distribuição de escravizados, enquanto a Companhia de Jesus se dedicava à evangelização, formação de aldeias, administração das propriedades e influência política. As experiências de colonização no Brasil não podem ser reduzidas apenas às regiões Sul (Rio de Janeiro e São Paulo) ou ao setor de açúcar do Norte (Pernambuco e Bahia); havia diferentes dinâmicas de ocupação, moldadas por fatores como a extensão territorial, as várias oportunidades de exploração, as táticas administrativas dos colonizadores, o sistema de ventos e correntes que favoreceu o comércio e a navegação direta entre a Europa e a costa norte, além da presença constante de estrangeiros nas áreas próximas ao rio Amazonas.

Assim, a abordagem de ocupação e colonização do Brasil, adaptada às singularidades de cada região, levou à formação territorial entre o Estado do Maranhão e o Estado do Brasil em 1621.

O território foi segmentado em duas grandes partes: ao norte, chamado Estado do Maranhão, e ao sul, Estado do Brasil, ambos sob a supervisão da Coroa portuguesa, porém com administrações separadas (SILVA, 2016: 16).

Assim, Piauí se destacava como uma área estratégica, servindo como um conector entre as duas partes do império português, o que multiplicava as possibilidades de exploração das terras e da mão de obra indígena (SILVA, 2016: 96).

Os colonizadores enfrentaram grupos indígenas para realizar o projeto português, utilizando tanto confrontos quanto diálogos. Graças à sua liderança sobre duzentos nativos durante os conflitos com os holandeses na Ribeira das Alagoas do São Francisco, o indígena Rodela retornou à sua aldeia e passou a ser conhecido como Francisco Rodelas ou Francisco Pereira Rodela. Os habitantes próximos à sua aldeia começaram a ser identificados como índios rodeleiros, enquanto a região passou a ser chamada de Sertão de Rodelas. O indígena Rodela também participou de outras batalhas ao lado de outros nativos, como aliados dos portugueses. Em 1674, ele esteve envolvido na luta contra os "índios brabos" no sertão do Piauí e recebeu o título de capitão.

Em 1674, a Casa da Torre organizou uma expedição contra os grupos indígenas conhecidos como "Gueguês" ou "Gurgueias" nas áreas ao sul do Piauí, na bacia do rio São Francisco. Em resposta, o governador de Pernambuco, Dom Lourenço de Almeida, solicitou autorização para enviar o Coronel Garcia de Ávila Pereira para confrontar os indígenas no interior do Maranhão, já que eles estavam devastando as propriedades rurais em sua trajetória, causando destruição local. Em uma carta datada de 20 de abril de 1708, a autoridade portuguesa havia já dado a Garcia D’Ávila a permissão para atuar em todas as áreas do sertão e se opor a todas as comunidades nativas (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE, 1938: 67-68). O primeiro Garcia D’Ávila chegou em 1540 junto ao primeiro governador-geral, Tomé de Sousa, e formou um grupo dedicado à criação de gado, estabelecendo currais nas capitanias de Sergipe, Pernambuco, Piauí e Maranhão.

A Casa da Torre destacou-se como a principal instituição de pecuária na Bahia, adquirindo quase um status governamental e gerindo terras conquistadas ao longo de três séculos. A família D’Ávila formava uma classe privilegiada de comerciantes e acumuladores de riqueza que estavam envolvidos em várias atividades comerciais, frequentemente em negociação direta com a metrópole (SALLES, 2017: 270).

Os primeiros colonizadores ampliaram seus currais na região do Vale do Rio Piauí, Gurgueia, Canindé e Parnaíba. Entre os sertanistas que chegaram ao Piauí, destacam-se os bandeirantes que acompanhavam Domingos Jorge Velho, além dos vaqueiros da Casa da Torre, que se uniram a Domingos Afonso Sertão (MOTT, 2010: 53).

No ano de 1662, Domingos Jorge Velho deixou São Paulo em direção ao Piauí, cruzando o sertão da Bahia ao longo do rio São Francisco e ampliando suas conquistas no território piauiense, nas imediações da Serra dos Dois Irmãos, na divisa entre Piauí e Pernambuco.

Conforme Pereira de Alencastre, a origem do nome Serra Dois Irmãos nessa região é incerta, mas é provável que seja uma homenagem a Domingos Afonso Mafrense e seu irmão Julião Afonso Serra, que ocuparam as terras nos vales dos rios do Piauí (ALENCASTRE, 2005: p. 45).

Domingos Jorge Velho se viu em um conflito judicial com a administração de Portugal, relacionado à eliminação de Palmares e ao uso de terras no Piauí. Foi apenas em 1705 que seus direitos foram oficialmente reconhecidos, quando Francisco Castro Morais, o governador de Pernambuco, enviou uma carta que oferecia as terras adjacentes aos rios Poti e Parnaíba à Jerômima Cardim Fróis, esposa de Jorge Velho (PEREIRA DA COSTA, 1974: 38).

Em 1676, o explorador luso solicitou ao governo português a licença para concessão de sesmarias com auxílio do governador de Pernambuco. Naquele tempo, a administração do Piauí estava sob responsabilidade da Capitania de Pernambuco, que era encarregada de gerenciar as áreas conquistadas e promover sua exploração econômica.

As primeiras sesmarias foram dadas no dia 12 de outubro de 1676 pelo governador de Pernambuco, Dom Francisco de Almeida, a Domingos Afonso Mafrense, Julião Afonso Serra, Francisco Dias de Ávila e Bernardo Pereira Gago, totalizando quarenta léguas. Cada beneficiário recebeu 360.000 hectares, o que equivale a aproximadamente 5,7% da área atualmente conhecida como Piauí (SILVA, 1996: 22).

A escassez de supervisão da coroa portuguesa sobre a concessão de sesmarias favoreceu a concentração de terras, intensificando a desigualdade na estrutura fundiária. A base voltada à pecuária facilitou o crescimento da sociedade rural e contribuiu para o tamanho considerável das propriedades dos sesmeiros. Nos inícios da ocupação, a elevada concentração fundiária provocou conflitos entre os posseiros, que contavam com o apoio de padres que desejavam evitar os tribunais de Bahia e Pernambuco, onde as disputas de posse eram decididas, e os sesmeiros, que possuíam os títulos das propriedades, mas muitos não habitavam ou cuidavam das terras, sendo protegidos pelas autoridades do domínio português.

Durante os séculos XVI e XVII, a maioria dos africanos que chegavam aos portos da Bahia era destinada às plantações de cana-de-açúcar. Nesse período, o sistema de redistribuição de escravizados no mercado interno ainda não estava tão avançado como se tornaria nos séculos XVIII e XIX.

Com a descoberta de minérios no Brasil, o volume de africanos desembarcando no país aumentou, e o tráfico atlântico foi reorganizado para atender a essa nova demanda. Além disso, os escravizados passaram a ser redistribuídos para a região do rio São Francisco e o rio das Velhas (RIBEIRO, 2005: 95 e 102).

Assim, os traficantes partiam de Salvador com carregamentos de escravizados em direção ao sertão, abastecendo o comércio e utilizando as principais rotas do gado. Não é viável determinar quantos africanos chegaram à capitania do Piauí, seja pela zona rural ou pela costa, principalmente devido à ausência de registros e fiscalização, além da atuação de indivíduos e da autonomia da área da vila de Parnaíba.

O desenvolvimento do comércio de pessoas escravizadas na área foi impulsionado pela recuperação da agricultura na parte norte, que buscava trazer produtos como açúcar e tabaco para exportação, além de fornecer farinha de mandioca e carne bovina para o comércio regional (RIBEIRO, 2005: 107).

Uma repercussão dessa revitalização agrícola foi o crescimento da quantidade de pessoas escravizadas adquiridas em Salvador e mandadas para a capitania do Piauí. Entre 1760 e 1770, aproximadamente 10% das remessas anuais de escravos que saíam de Salvador para outros destinos eram formadas por africanos e crioulos.

Durante esse período, 194 indivíduos, originários da África e de origem mista, foram transportados de Salvador para a capitania do Piauí, com o ano de 1768 se destacando, pois, 92 pessoas escravizadas foram enviadas.

Após a fundação da comunidade de Jerumenha em 21 de junho de 1762, João Pereira Caldas voltou a Oeiras e seguiu para o norte da região, passando pela paróquia de Santo Antônio do Surubim, que acabaria se tornando a cidade de Campo Maior, onde iniciou a construção do pelourinho. Ele estabeleceu a vila de São João da Parnaíba no local denominado Testa Branca, criou a vila do Marvão na paróquia de Nossa Senhora do Desterro do Poti, e na paróquia de Nossa Senhora da Conceição dos Aroazes, instituiu a vila de Valença (MACHADO, 2017: 155-156).

A cidade de Oeiras se destacou como uma relevante rota comercial para os tropeiros, com ênfase na venda de animais e escravizados, facilitando a distribuição de vários produtos entre outras vilas da Capitania. Os tropeiros eram fundamentais para a troca e a distribuição de diversos itens, exercendo um papel crucial no abastecimento da capitania e oferecendo mão de obra e produtos das capitanias de Pernambuco e Bahia.

Após a saída de João Pereira Caldas da gestão da Capitania, a sede da vila foi transferida para o Porto das Barcas. No século XVIII, as famílias CastelloBranco e João Paulo Diniz chegaram à área, trazendo rebanhos de Pastos Bons, no Maranhão, e arrendaram a Ilha do Caju para a elaboração de charque (MAVIGNIER, 2005: 48). A vila prosperou enormemente na Capitania devido ao comércio e à exportação de produtos agrícolas, pecuários e extrativos. As atividades industriais e comerciais ligadas ao gado e seus derivados possibilitaram a acumulação de riquezas, especialmente com a criação das charqueadas de Domingos Dias da Silva.



Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

ALENCASTRE, José Martins Pereira de. Memória cronológica, histórica e corográfica da província do Piauí. Teresina: SEDUC, 2005.

MACHADO, Eduardo de Andrade. Serviço régio e governo colonial: João Pereira Caldas e a capitania de São José do Piauí (1759-1769). 2017. 137 f. Dissertação. Mestrado em História do Brasil. Universidade Federal do Piauí. Teresina. 2017. MACHADO, Francisco Xavier. Memórias Relativas às Capitanias do Piauí e Maranhão. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil. Rio de Janeiro, 1854, Tomo XVII, vol. 17. MAVIGNIER, Diderot dos Santos. No Piauhy: na terra dos Tremembés. Parnaíba: Sieart, 2005.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE. Biblioteca Nacional. Documentos históricos correspondência dos governadores gerais. 1704-1714. Vol. XL. Tip. Baptista de Souza, Rua da Misericórdia 51, Rio de Janeiro 1938. MOTT, Luiz. Piauí colonial: população, economia e sociedade. Teresina: APL FUNDAC, DETRAN, 2010.

PEREIRA DA COSTA, F. A. Cronologia histórica do estado do Piauí: desde os seus tempos primitivos até a Proclamação da República. v.1. Rio de Janeiro: Artenova, 1974. p. 48.

RIBEIRO, Alexandre Vieira. O tráfico atlântico de escravos e a praça mercantil de Salvador, 1680-1830. 2005. 149 f. Dissertação. Mestrado em História Social. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. 2005. 

SALLES, Wesley Dartagnan. A queda do paradigma “Sentido da colonização”: notas sobre o debate historiográfico do Brasil colonial, antigo sistema colonial e antigo regime nos trópicos. Almanack. Guarulhos, n. 15, jan./abr. 2017.

SILVA, Lígia Osório. Terras devolutas e latifúndio: efeitos da Lei de 1850. Coleção repertórios, Campinas, São Paulo: Editora Unicamp, 1996. 

SILVA, Mairton Celestino da. Um caminho para o Estado do Brasil: colonos, missionários, escravos e índios no tempo das conquistas do Estado do Maranhão e Piauí, 1600-1800. 2016. 308 f. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2016.

SOUSA, Talyta Marjorie Lira; LIMA, Solimar Oliveira. Tecendo negritudes: memórias e representações da afrodescendência no Bairro do Rosário, em Oeiras, Piauí. In: Sertão negro: escravidão e africanidades. Rio de Janeiro: Booklink; Teresina: Matizes, 2008.

terça-feira, 22 de abril de 2025

Retalho da família Gouveia de Granja/CE

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Guilherme Telles Gouveia, filho do português Antônio Gouveia da Silva e Raimunda Angélica de Barros Telles, nasceu em 1905 em Granja/CE e se casou com Hilda Barreto Xavier, ela sendo filha de Ignácio Xavier e Elisa da Rocha Barreto. Desse matrimônio tiveram 06 filhos. São eles:

1. Maria Hilda Xavier Gouveia, nascida aproximadamente em 1929 e se casou com Francisco Delmiro Xavier de Oliveira, ele sendo filho de Joaquim Pereira Oliveira Neto e Maria Elisa Barreto Xavier. 

2. Antônio Gouveia Neto, nascido aproximadamente em 1931 e se casou com Maria Helena Brasil de Matos, ela sendo filha de Enoch Brasil de Matos e Suzana Guilherme da Silva. 

3. Alda Xavier Gouveia, nascida aproximadamente em 1932 e se casou com Mardônio Aguiar Coelho, ele sendo filho de José Clodoaldo Veras Coelho e Maria Nazareth Aguiar. Desse matrimônio tiveram 01 filha. É ela:

3.1. Marina Gouveia Coelho, nascida aproximadamente em 1964.

 

4. Guilherme Gouveia Filho, nascido aproximadamente em 1935.

5. Elisa Xavier Gouveia, nascida aproximadamente em 1937 e se casou com Celio Pinto Farias, ele sendo filho de Antônio Walter Farias e Maria Beatriz Guedes Pinto. 

6. Vanda Xavier Gouveia, nascida aproximadamente em 1940.


Granja/CE

A vila de Granja é um dos mais antigos assentamentos na capitania do Ceará. Assim como em outras áreas coloniais, o território atualmente correspondente ao município de Granja e suas redondezas já era habitado pelos índios Tabajaras, Tapuios, Conasus e Tremembés, que residiam na serra da Tabaina, que hoje é chamada de Serrinha de São Simão, no atual município de Uruoca.

Para converter esses grupos nativos ao cristianismo, os jesuítas, que foram dos primeiros a chegar ao Ceará Grande, criaram um espaço dedicado a rituais e orações. A colonização teve início com a chegada do desembargador Cristóvão Soares Reimão, que foi encarregado de delimitar uma doação, feita em 03 de agosto de 1702, de uma sesmaria de cinco léguas outorgada aos irmãos Miguel e Domingos Machado Freire, que foram escolhidos para liderar o processo de colonização; vale ressaltar que os jesuítas já haviam passado pela região antes para começar a catequese dos nativos.

Posteriormente, o Padre Ascenso Gago, liderando uma missão, recebeu uma sesmaria de duas léguas de comprimento e uma de largura, na área de Iguaraquatiara, atualmente chamada Braquatiara, em 03 de setembro de 1706. Com ele, Dom Jacob de Sousa Castro e o Capitão Rodrigo da Costa também conseguiram terras na região conhecida como Iracui, atualmente chamada Jaguaruçuí.

Outras figuras que obtiveram sesmarias na área onde a cidade está localizada atualmente incluem o Sargento-mor Alexandre Pereira de Sousa, o Capitão-mor Pedro da Rocha Franco, assim como Joaquim Abreu, Agostinho de Brito Passos, Inácio Machado, Inês Pacheco e Vitória Câmara também receberam uma sesmaria de quatro léguas, datada de 13 de novembro de 1706, nas margens do Riacho do Uma, em uma área chamada Tiaia.

Nos primeiros anos, os colonos começaram a se estabelecer ao longo da Ribeira do Coreaú, dando origem a dois núcleos populacionais: um próximo ao porto, habitado predominantemente por colonos portugueses, que corresponde à parte suburbana da cidade hoje, e outro, a Missão ou Iapara, formado por nativos convertidos pelos jesuítas.



Texto de Eugênio Pacelly Alves

 


Referências bibliográficas:

Guilherme Telles Gouveia. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/GS56-CXM)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Antônio Gouveia da Silva. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/L1KF-Z55)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Raimunda Angélica de Barros Telles. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GS56-7M8)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Maria Hilda Xavier Gouveia. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GVW9-D4V)<. Acesso em 26 de janeiro de 2025.

Antônio Gouveia Neto. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G8VY-8XT)<. Acesso em 26 de janeiro de 2025.

Alda Xavier Gouveia. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GFM3-DC7)<. Acesso em 27 de janeiro de 2025.

Guilherme Gouveia Filho. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GS56-662)<. Acesso em 27 de janeiro de 2025.

Elisa Xavier Gouveia. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GVWM-1Z2)<. Acesso em 27 de janeiro de 2025.

Vanda Xavier Gouveia. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GVW9-Z55)<. Acesso em 27 de janeiro de 2025.

Biografia de Guilherme Teles Gouveia. Disponível em: >(https://granjanossahistoria.blogspot.com/p/blog-page_17.html)<. Acesso em 02 de fevereiro de 2025.

Sobrado da Família Gouveia: Granja, CE. Disponível em: >(https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=435785)<. Acesso em 11 de fevereiro de 2025.

Guilherme Gouveia Filho, vice prefeito de Granja. Disponível em: >(https://www.granja.ce.gov.br/informa/136)<. Acesso em 11 de fevereiro de 2025.

O demarcador de terras: atuação do desembargador Cristóvão Soares Reimão no processo de demarcação de sesmarias na ribeira do Jaguaribe (1700-1710). Disponível em: >(https://www.revista.ueg.br/index.php/revistahistoria/article/view/4969)<. Acesso em 02 de fevereiro de 2025.

Nota de pesar: Guilherme Gouveia Filho. Disponível em: >(https://www.cearasc.com/noticia/nota-de-pesar-guilherme-gouveia-filho)<. Acesso em 11 de fevereiro de 2025.

CEJA Guilherme Gouveia. Disponível em: >(https://sites.google.com/view/ceja-granjagg)<. Acesso em 14 de fevereiro de 2025.

História da Granja. Disponível em: >(https://granjanossahistoria.blogspot.com/p/blog-page.html)<. Acesso em 14 de fevereiro de 2025.

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Origem do sobrenome Reis e algumas genealogias na região Nordeste do Brasil

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Reis é um sobrenome que cativa muitos, especialmente aqueles que querem explorar suas origens. Embora exista literatura que faz associação a sobrenome a famílias de origem italiana que fixaram residência no Brasil, é um sobrenome distinto que é encontrado em várias partes do mundo.

Derivando do latim ‘rex’, que significa rei, o sobrenome Reis está inserido em diversas culturas, incluindo a portuguesa, a espanhola e a judaica. Em Portugal, é relativamente comum e surgiu da prática de criar sobrenomes que expressam a posição ou a ocupação das pessoas.

É provável que o sobrenome Reis tenha sido adotado por famílias de diversas culturas que se fixaram na Itália. Esse fenômeno é frequentemente observado em áreas de fronteira ou em locais com alto índice de imigração.

Para quem desejam explorar sua linhagem familiar, é aconselhável pesquisar arquivos históricos, como certidões de nascimento e casamento, que podem oferecer informações valiosas. Esse procedimento é fundamental para que os descendentes possam comprovar sua ancestralidade.


Algumas genealogias na região Nordeste do Brasil

Oferecemos este breve ensaio genealógico da prole Reis no Rio Grande do Norte, tendo como ponto de partida, Lourenço Ramos Barreto que se casou com a paraibana Antônia de Deus Bezerra, ela sendo filha do Coronel Mateus Bezerra da Costa e Vicência de Paiva da Cunha. Desse matrimônio tiveram 11 filhos, onde herdaram os sobrenomes: Deus de Bezerra, Reis, Bezerra da Costa, Barreto, Guedes Velho Barreto, Moreira de Souza, Gomes Barreto e Chagas. 

Algo bastante intrigante e curioso é que apenas 01 filho contraiu o sobrenome Reis e até o presente estudo genealógico dos ascendentes, não possuíam o sobrenome Reis. Manoel Rodrigues dos Reis, nascido aproximadamente em 1773 no Rio Grande do Norte e em 1ª núpcia se casou com Francisca Bernardina Sanches de Carvalho, ela sendo filha de Domingos Sanches de Carvalho e da índia Clara Francisca de Brito.

Manoel, em 2ª núpcia se casou com Carlota Pessoa Cavalcante, ela sendo filha do Capitão Gabriel Gomes Pereira e Maria Joaquina de Mello. Desse matrimônio tiveram 08 filhos. São eles:

1. Manoel Rodrigues dos Reis Filho, nascido aproximadamente em 1835 e se casou com Hermelinda Victor de Souto. Desse matrimônio tiveram 01 filha. É ela:

1.1. Cleodice Victor dos Reis


2. Galdino Rodrigues dos Reis, nascido em 1836 no Jardim do Seridó/RN e se casou com Felismina Benigna Pessoa Cavalcante, ela sendo filha de Ignácio de Azevedo Maia e Florência Pessoa Cavalcante. Desse matrimônio tiveram 01 filha. É ela:

2.1. Maria Rodrigues dos Reis


3. Felismina Veneranda Rodrigues dos Reis, nascida em 1840 em Campina Grande/PB e se casou com Dinamérico de Arruda Câmara, ele sendo filho de Manoel de Arruda Câmara Sobrinho e Mariana Monteiro de Lima Rego. Desse matrimônio tiveram 06 filhos. São eles:

3.1. Julião de Arruda Câmara

3.2. Melchíades de Arruda Câmara

3.3. Silvina Benigna de Arruda Câmara

3.4. Francisco de Arruda Câmara

3.5. Horácio de Arruda Câmara

3.6. Deocleciano de Arruda Câmara


4. Antônio Rodrigues dos Reisnascido aproximadamente em 1840 e em 1ª núpcia se casou com Josefa Maria Pessoa Cavalcante, ela sendo filha de Manoel Félix Cavalcante de Albuquerque e Rita Cavalcante de Albuquerque. Desse matrimônio tiveram 04 filhos. São eles:

4.1. Maria Rodrigues dos Reis

4.2. Irineu Rodrigues dos Reis

4.3. Leonila Rodrigues dos Reis

4.4. Senhorinha Rodrigues dos Reis

Antônio, em 2ª núpcia se casou com Mariana Firma de Melo. Desse matrimônio tiveram 02 filhos. São eles:

4.5. José Rodrigues dos Reis

4.6. Francisco Rodrigues dos Reis


5. Alexandrina Benigna Rodrigues dos Reisnascida aproximadamente em 1843 e se casou com Manoel de Arruda Câmara Júnior, ele sendo filho de Manoel de Arruda Câmara Sobrinho e Mariana Monteiro de Lima Rego. Desse matrimônio tiveram 21 filhos. São eles:

5.1. Olindina de Arruda Câmara

5.2. Deolindo de Arruda Câmara

5.3. Juvêncio Juveniano de Arruda Câmara

5.4. Foturnado de Arruda Câmara

5.5. Anibal de Arruda Câmara

5.6. Leopoldino Idefonciano de Arruda Câmara

5.7. Enéas de Arruda Câmara

5.8. Lindolfo de Arruda Câmara

5.9. Maria Augusta de Arruda Câmara

5.10. Benigna de Arruda Câmara

5.11. Alexandrina de Arruda Câmara

5.12. Amélia de Arruda Câmara

5.13. Domício de Arruda Câmara

5.14. Etelvina Benigna de Arruda Câmara

5.15. Joaquim de Arruda Câmara

5.16. José de Arruda Câmara

5.17. Leopoldina de Arruda Câmara

5.18. Manoel de Arruda Câmara

5.19. Maximina de Arruda Câmara

5.20. Rita de Arruda Câmara

5.21. Tília de Arruda Câmara


6. Salviano Rodrigues dos Reisnascido aproximadamente em 1845 e se casou com Felismina Benigna Pessoa Cavalcante, ela sendo filha de Ignácio de Azevedo Maia e Florência Pessoa Cavalcante. 


7. José Gomes Cavalcante, nascido em 1847 em Acari/RN e se casou com Alexandrina de Arruda Câmara, ela sendo filha de Manoel de Arruda Câmara Sobrinho e Alexandrina Benigna Rodrigues dos Reis. Desse matrimônio tiveram 01 filha. É ela:

7.1. Maria


8. Joaquim Rodrigues dos Reisse casou com Maria Damasia Cavalcante de Mendonça, ela sendo filha de Innocencio Furtado de Mendonça e Rosa Maria da Cunha. Desse matrimônio tiveram 06 filhas. São elas:

8.1. Joanna Maria Cavalcante de Mendonça

8.2. Maria Anunciada Cavalcante de Albuquerque

8.3. Roza Maria Cavalcante de Mendonça

8.4. Rita Maria Cavalcante de Mendonça

8.5. Maria Cavalcante de Mendonça

8.6. Rosa Cavalcante de Mendonça


Com a intenção de ampliar as pesquisas sobre possíveis ascendentes de portugueses com sobrenome Reis na região Nordeste do Brasil, seguem mais alguns dados relevantes:

Bahia: José Joaquim dos Reis, nascido aproximadamente em 1798 e se casou com Maria Rufina da Conceição. Desse matrimônio tiveram 03 filhos.

Sergipe: Capitão Antônio Simões dos Reis, nascida aproximadamente em 1737 em Lisboa, Portugal e se casou com a sergipana Anna Maria de Victoria, ela sendo filha do Alferes Paschoal Mendes Pereira e Lourença de Souza e Oliveira. Desse matrimônio tiveram 02 filhos.

Pernambuco: José Severino dos Reis, nascido em 1797 em Pernambuco, Brasil e se casou com Cordula Maria da Conceição. Desse matrimônio tiveram 05 filhos.

Paraíba: Roza Maria dos Reis, nascida aproximadamente em 1810 na Paraíba, Brasil e se casou com Galdino de Lira Ferreira. Desse matrimônio tiveram 11 filhos.

Rio Grande do Norte: Felippa Maria dos Reis, nascida aproximadamente em 1830 em Ceará-Mirim/RN e se casou com Ignácio Lopes de Amorim. Desse matrimônio tiveram 03 filhos.

Ceará: José Casimiro dos Reis, nascido em 1811 em Acarape/CE e em 1ª núpcia se casou com Josefa Maria da Conceição. José Casimiro, em 2ª núpcia se casou com Francisca Soares da Costa. 

Piauí: Raimundo dos Reis, nascido aproximadamente em 1798 no Piauí e se casou com Laurianna Pereira da Costa. Desse matrimônio tiveram 01 filho.

Maranhão: Balthazar José dos Reis, nascido aproximadamente em 1775 em Guimarães/MA e em 1ª núpcia se casou com Maria Thereza Cordeiro. Desse matrimônio tiveram 08 filhos. Balthazar José, em 2ª núpcia se casou com Maria Joanna dos Reis. Desse matrimônio tiveram 05 filhos.



Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

Reis: origem e histórias do sobrenome. Disponível em: >(https://mastercidadania.com.br/reis-origem-e-historias-do-sobrenome/)<. Acesso em 21 de fevereiro de 2025.

A origem dos 50 sobrenomes mais comuns do Brasil. Disponível em: >(https://super.abril.com.br/especiais/a-origem-dos-50-sobrenomes-mais-comuns-do-brasil/)<. Acesso em 04 de março de 2025.

Lourenço Ramos Barreto. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G75H-8K4)<. Acesso em 04 de março de 2025.

Antônia de Deus Bezerra. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G9Y2-M7T)<. Acesso em 04 de março de 2025.

Manoel Rodrigues dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/LBNK-728)<. Acesso em 04 de março de 2025.

Francisca Bernardina Sanches de Carvalho. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GW8R-BQQ)<. Acesso em 04 de março de 2025.

Carlota Pessoa Cavalcante. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/9NPS-KB6)<. Acesso em 04 de março de 2025.

Manoel Rodrigues dos Reis Filho. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GM2T-91N)<. Acesso em 07 de março de 2025.

Galdino Rodrigues dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G7T9-787)<. Acesso em 07 de março de 2025.

Felismina Veneranda Rodrigues dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/LBNN-71L)<. Acesso em 07 de março de 2025.

Antônio Rodrigues dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G7T9-D1J)<. Acesso em 09 de março de 2025.

Alexandrina Benigna Rodrigues dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/LBNN-FLM)<. Acesso em 09 de março de 2025.

Salviano Rodrigues dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GHQ6-G6N)<. Acesso em 09 de março de 2025.

José Gomes Cavalcante. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G7TK-WN3)<. Acesso em 16 de março de 2025.

Joaquim Rodrigues dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/9NPS-KYB)<. Acesso em 16 de março de 2025.

José Joaquim dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/GDM2-7SN)<. Acesso em 16 de março de 2025.

Capitão Antônio Simões dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/GDF7-X8R)<. Acesso em 21 de março de 2025.

José Severino dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/GZDD-B6P)<. Acesso em 21 de março de 2025.

Roza Maria dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/9JKT-KDJ)<. Acesso em 24 de março de 2025.

Felippa Maria dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/2Z83-H3V)<. Acesso em 24 de março de 2025.

José Casimiro dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/GHVY-2X9)<. Acesso em 24 de março de 2025.

Raimundo dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/GP8V-CMJ)<. Acesso em 26 de março de 2025.

Balthazar José dos Reis I. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/27R2-7RC)<. Acesso em 26 de março de 2025.

terça-feira, 15 de abril de 2025

Graus de parentesco para fins de nepotismo

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Nepotismo diz respeito à ação de contratar ou nomear parentes, incluindo cônjuges, parceiros e familiares, até o grau colateral de parentesco, seja por laços de sangue ou afinidade.

Existem situações de nepotismo que podem ser consideradas não explícitas e outras que demandam uma análise mais detalhada. Abaixo, há um gráfico que ilustra os diferentes graus de parentesco, tanto em linha reta quanto colateral.

Nepotismo pode ser visto como o ato de um funcionário público que, utilizando sua posição, indica, contrata ou favorece um ou mais membros de sua família, por vínculos de sangue ou afinidade, infringindo as garantias constitucionais que promovem uma administração justa.

O Decreto nº 7.203, estabelecido em 4 de junho de 2010, impõe restrições ao nepotismo dentro do serviço público federal. Este Decreto veda, em todas as entidades do Poder Executivo Federal, as nomeações, contratações ou designações de familiares de Ministros de Estado, bem como parentes de autoridades administrativas superiores ou ocupantes de cargos de confiança, quando relacionadas a nomeações em funções comissionadas ou de confiança, contratações para atender a necessidades temporárias de relevância pública, e ainda contratações para estágios, salvo quando estas forem precedidas de um processo seletivo que garanta a igualdade entre os candidatos.

Nepotismo direto acontece quando uma pessoa em posição de autoridade contrata um parente. Por outro lado, o nepotismo cruzado refere-se à situação em que um agente público nomeia um parente de outro agente público, que, em troca, indica uma outra pessoa com laço de parentesco com o primeiro. Essa situação pode ser vista como um intercâmbio de vantagens, chamado de designações recíprocas. O Decreto nº 7.203, de 4 de junho de 2010, proíbe tanto o nepotismo direto quanto o cruzado.

De acordo com o Decreto nº 7.203/2010, um familiar é descrito como o cônjuge, parceiro ou parente em linha reta ou colateral, considerando laços de sangue ou afinidade, até o terceiro grau. O artigo 4º do Decreto nº 7.203/2010 apresenta circunstâncias que isentam a aplicação de regras contra o nepotismo em determinados casos.

Entretanto, é importante enfatizar que, em qualquer situação, é proibido ao servidor público ter um parente em um cargo comissionado ou em uma função de confiança que esteja sob sua supervisão imediata.

O Decreto nº 7.203/2010 também proíbe a contratação direta, sem licitação, por organizações ou entidades da administração federal, de uma pessoa jurídica que tenha um sócio ou dirigente que tenha autoridade e que seja parente de alguém que ocupa um cargo comissionado ou função de confiança na área responsável pela solicitação ou contratação, ou de uma autoridade que tenha um nível hierárquico superior a essa pessoa, em cada órgão ou entidade.

Além disso, é fundamental ressaltar que a restrição não se aplica a qualquer servidor público que exerça uma função comissionada ou função de confiança, mas diz respeito especificamente ao indivíduo que ocupa um cargo em comissão e função de confiança dentro da área que gerencia a solicitação ou o contrato, ou à autoridade que está diretamente acima dele.


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Consequências do nepotismo

Para a saúde da comunidade, a prática do nepotismo gera efeitos graves. Essas condutas corruptas podem ocorrer com a intenção de implementar esquemas ilegais, além de enredos de subornos, trocas de favores e desvio de verbas na gestão pública. Quando a situação beneficia apenas familiares, o nepotismo pode levar a uma gestão fraca por parte do indivíduo que foi admitido sem as qualificações adequadas para o cargo ou sem o merecimento para exercer a função.

 

Familiar pode ocupar cargo no governo?

Ofereço ao leitor fazer as próprias análises referente a pergunta acima. Confira alguns nomes de políticos brasileiros e realize uma pesquisa para desvendar se há nepotismo.

- Eduardo Bolsonaro

- Carlos Bolsonaro

- Camilo Santana

- João Henrique Campos

- Lobão Filho

- Renan Filho

- Ronaldo Caiado

- Rogério Marinho

- Flávio Dino

- Roberto Requião

- Flávio Arns

- Aloysio Nunes Ferreira

- Romeu Tuma

- Espiridião Amim

- Jorginho Mello

- Marcelo Crivella

- Otto Alencar

- Davi Alcolumbre

- Marisa Serrano

- Simone Tebet

- Tereza Cristina

- Soraya Thronicke

- Maria do Carmo Alves

- Rosalba Ciarlini

- Zenaide Maia

- Fátima Bezerra



Texto de Eugênio Pacelly Alves




Referências bibliográficas:

Nepotismo. Disponível em: >(https://brasilescola.uol.com.br/politica/nepotismo.htm)<. Acesso em 06 de novembro de 2024.

Nepotismo e nepotismo cruzado: Critérios de controle. Disponível em: >(https://www.cnmp.mp.br/portal/institucional/724-institucional/comissoes-institucional/comissao-de-controle-administrativo-e-financeiro/ordenador-de-despesas/recursos-humanos-e-gestao-de-pessoas/1229-nepotismo-e-nepotismo-cruzado-criterios-de-controle)<. Acesso em 12 de novembro de 2024.

Vedação ao nepotismo. Disponível em: >(https://www.gov.br/sudeco/pt-br/acesso-a-informacao/perguntas-frequentes-1/vedacao-ao-nepotismo)<. Acesso em 12 de novembro de 2024.

Nepotismo: Familiar pode ocupar cargo no governo?. Disponível em: >(Nepotismo: Familiar pode ocupar cargo no governo? (Politize))<. Acesso em 17 de novembro de 2024.

De pai para filho: Homens e herdeiros políticos são maioria no senado. Disponível em: >(https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2024-03/de-pai-para-filho-homens-e-herdeiros-politicos-sao-maioria-no-senado)<. Acesso em 17 de novembro de 2024.