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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Transcrição de documentos antigos

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Acima de tudo, para quem está pesquisando documentos antigos de batismos, matrimônios e óbitos têm se deparado com algumas adversidades. A mais desafiadora entre elas é a caligrafia.

Antes de falar um pouco mais sobre este tema, confira as imagens abaixo:

 


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É possível perceber o quanto muda a caligrafia e quando nos deparamos com estas mais fáceis de serem transcrevidas já ficamos aliviados, mas o que devo fazer com relação a outros manuscritos difíceis de serem transcritos?

Pois bem, existem pesquisadores genealógicos mais experientes que utilizam técnicas de comparações entre letras, para inserir você no contexto deste exemplo, observe a imagem abaixo:

  

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Dessa maneira, é possível começar a transcrever registros de fácil compreensão, como também se aventurar naqueles com média compreensão.

E para aqueles documentos apagados? Bem, estes documentos apagados e rasurados são tão desafiadores quanto a caligrafia de difícil compreensão.

Pesquisadores genealógicos com mais experiência, utilizam programas com uma espécie de lentes monocromáticas, onde é possível escurecer o documento apagado e fazer a transcrição dele. 

Desse modo, já para os registros rasurados, vale muito a pena investir na comparação de palavras também, combinado a altas doses de paciência e persistência.

Talvez irei me deparar com algum comentário: "Ah! Já tentei de tudo e ainda não consigo transcrever". Se você está inserido nesse contexto também, a opção é comprar livros que fazem referência à (s) família (s) com transcrições de registros no miolo, de pesquisadores genealógicos e historiadores.

Confira alguns livros abaixo que possui transcrições dos registros antigos no miolo:

 



A transcrição de documentos antigos é uma tarefa difícil e complexa, que envolve uma série de dificuldades que podem variar de acordo com a época, o estado de conservação dos documentos e a formação do transcritor. Dessa maneira, os materiais manuscritos ou impressos de períodos passados ​​é essencial para preservar o conhecimento histórico, facilitar o acesso ao conteúdo por parte de pesquisadores e interessados ​​e garantir que as informações não se percam ao longo do tempo. Porém, nesse processo podem aparecer alguns obstáculos, que podem transformar uma tarefa aparentemente simples em uma verdadeira dor de cabeça. Uma das principais dificuldades na transcrição de documentos antigos está relacionada à paleografia, ao estudo da escrita antiga.

A escrita evoluiu consideravelmente ao longo dos séculos e, dependendo da época e da região, diferentes estilos de caligrafia foram adotados. Assim, a escrita gótica, comum na Idade Média, pode ser muito difícil de ler para quem não está familiarizado com as suas formas e características.

Além disso, mesmo no mesmo período histórico, ocorreram variações regionais e pessoais na forma de escrita, fazendo com que dois documentos da mesma época pudessem ter uma grafia completamente diferente.

A formação e a prática paleográfica são essenciais para a correta interpretação destes escritos. Em contrapartida, o aprendizado é trabalhoso e a prática pode não ser suficiente para dar conta das peculiaridades e características presentes nos documentos. Muitos transcritores encontram dificuldades ao tentar distinguir letras e palavras em um texto que parece indecifrável à primeira vista.

Então, as letras “s” e “f” são frequentemente escritas da mesma maneira, o que pode causar confusão. Outra dificuldade importante é a presença de abreviaturas e símbolos comuns em determinados períodos e que não possuem equivalente direto na escrita moderna.

Na época medieval e no início da modernidade, por exemplo, era comum o uso de abreviaturas para economizar tempo e espaço no papel, um recurso caro. No entanto, estas abreviaturas nem sempre são fáceis de interpretar, uma vez que muitos símbolos caíram em desuso ou mudaram de significado ao longo do tempo.

Os transcritores devem não apenas identificar essas abreviaturas, mas também compreender o contexto histórico e linguístico para interpretá-las corretamente. Existem dicionários especializados para esses períodos, mas nem sempre cobrem todas as variações de notas, e os transcritores podem encontrar símbolos que não estão documentados em fontes contemporâneas.  A linguagem utilizada nos documentos antigos também apresenta um desafio significativo. Muitas vezes, os textos são escritos em dialetos ou formas arcaicas da língua que não correspondem à língua moderna. Isto acontece, por exemplo, em documentos portugueses anteriores ao século XVIII, onde a gramática, a sintaxe e o vocabulário são muito diferentes dos utilizados hoje.

As regras ortográficas eram ainda mais flexíveis e a grafia das palavras variava de acordo com o autor ou região. As palavras podem ser escritas de forma diferente no mesmo documento, dificultando a leitura e a interpretação. Esta variação linguística exige que o transcritor tenha uma compreensão avançada da evolução da língua e da história da ortografia, bem como familiaridade com o contexto histórico em que o documento foi produzido.

A condição física dos documentos antigos é outro obstáculo significativo. Muitos textos manuscritos sofreram danos ao longo do tempo, como desbotamento, deterioração do papel, manchas, rasgos ou peças faltantes. O papel utilizado nos séculos passados ​​não tem a mesma durabilidade dos materiais modernos, e o contato com a umidade, o calor ou a exposição ao ar pode causar o desbotamento da tinta, deixando algumas palavras ou passagens completamente ilegíveis. 

Ademais, séculos de abuso podem ter danificado os documentos. Em alguns casos, a única cópia de um documento importante pode estar em condições tão precárias que qualquer tentativa de transcrição se torna quase impossível sem o uso de técnicas de restauração ou tecnologia avançada, como a fotografia multiespectral. 

A falta de padronização dos documentos legados também cria problemas. Diferentes escribas, copistas ou autores seguiram suas práticas na redação de documentos, o que poderia resultar em uma grande variedade de estilos e formas.

No mais, antes da invenção da impressão, a maioria dos textos era copiada à mão, o que introduzia erros humanos, como omissões, duplicações ou alterações no conteúdo original. 

No caso de documentos legais, religiosos ou administrativos, cada instituição ou autoridade pode seguir a sua própria convenção de redação. Podem ser documentos com estrutura e terminologia muito específicas, que requerem conhecimento especializado para transcrição e interpretação precisas.

A transcrição de documentos antigos requer mais do que apenas habilidade técnica para ler e reproduzir textos. É necessário compreender o contexto cultural e histórico em que o documento foi produzido. Muitos textos contêm referências culturais, políticas ou religiosas específicas de períodos que podem parecer estranhas ao leitor moderno. Sem esse conhecimento, é fácil interpretar passagens ou significados. 

Desse modo, documentos medievais podem conter alusões a costumes ou práticas jurídicas que já não existem, e a compreensão destes elementos é essencial para uma transcrição fiel. O mesmo se aplica aos textos religiosos, que muitas vezes utilizam uma linguagem simbólica ou ritualística que requer uma compreensão profunda da teologia ou das práticas litúrgicas da época. 

Nos últimos anos, a tecnologia tem desempenhado um papel importante no processo de transcrição de documentos antigos. Ferramentas como OCR (Optical Character Recognition) e softwares especializados foram desenvolvidos para auxiliar na identificação de textos manuscritos, o que pode agilizar o processo. Porém, essas ferramentas ainda têm seus limites, principalmente quando se trata de documentos muito antigos ou danificados.

Muitos desses programas não conseguem lidar com a variabilidade de estilos de escrita, abreviações ou palavras em línguas arcaicas, forçando o transcritor humano a fazer ajustes manuais. 

Transcrever documentos antigos é um trabalho que exige paciência, habilidade técnica e profundo conhecimento histórico e linguístico. As dificuldades variam desde a compreensão da escrita e da linguagem arcaica, passando pela condição física dos documentos, até a necessidade de interpretar o contexto cultural em que foram produzidos.

Por fim, se existe uma certa urgência para formar a árvore genealógica e provar através de documentos antigos a sua ancestralidade, recomendamos contratar algum genealogista para concluir mais rápido.

Eu, estou desde o ano de 2018 juntamente com primos, pesquisando nossa ancestralidade em prol de todos os descendentes do meu ramo familiar conhecido como "família Capuxú" da Serra dos Côcos a Fazenda Curtume no Ceará, assim como, a "família Alves Feitosa" dos Inhamuns. 

 


Texto de Eugênio Pacelly Alves


Referência bibliográfica:

Familysearch. Disponível em: >(FamilySearch.org)<. Acesso em 23 de janeiro de 2024.

Transcrição de documentos. Disponível em: >(Transcrição de documentos: saiba como fazer - Imigration Never Sleep (overpersonnalite.com.br))<. Acesso em 26 de janeiro de 2024.

Como encontrar sua família nos registros do Brasil. Disponível em: >(Registro Civil e Outros Registros Brasileiros (familysearch.org))<. Acesso em 27 de janeiro de 2024.

Curso Paleografia: leitura e transcrição de documentos antigos. Disponível em: >(Curso Paleografia: Leitura e transcrição de documentos antigos (aprofem.com.br))<. Acesso em 01 de fevereiro de 2024.

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