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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Proclamação da República do Brasil

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A Proclamação da República marca um momento decisivo que culminou na criação de uma república no Brasil em 15 de novembro de 1889. Essa mudança ocorreu através da colaboração entre civis e membros das forças armadas insatisfeitos com a monarquia.

Os militares expressavam insatisfação com os seus baixos salários e as limitadas oportunidades de avanço na carreira, além de reivindicarem liberdade para opinar politicamente, que era reprimida pelo governo monárquico. As novas classes sociais estavam descontentes pela ausência de representação no governo da monarquia. Movimentos sociais começaram a exigir maior participação nas eleições. Além disso, a luta pela abolição da escravatura fortaleceu ainda mais o movimento republicano. Esses setores se uniram em uma revolta que resultou na derrubada da monarquia e na saída da família real do Brasil.

A insatisfação entre os militares estava relacionada à organização das carreiras nas forças armadas. Diante disso, eles começaram a pedir melhorias nas suas condições de trabalho como forma de reconhecimento pelos seus esforços na guerra do Paraguai. Suas principais solicitações incluíam aumentos salariais e melhorias no sistema de promoções.

Outra importante fonte de descontentamento estava ligada à participação do Exército Brasileiro na política. Os militares se consideravam defensores do Estado brasileiro e buscavam a liberdade para expressar suas opiniões sobre assuntos políticos. Um acontecimento significativo aconteceu em 1884, quando o oficial Sena Madureira foi punido por apoiar os abolicionistas no Ceará.

A monarquia também tentava restringir os militares, impondo limites à sua liberdade de expressão tanto na imprensa quanto nas instituições militares. Além disso, havia uma crescente demanda entre os militares para que o Brasil se tornasse um Estado laico. O descontentamento no âmbito das forças armadas convergiu em torno da ideologia positivista.

Influenciados por essa filosofia, os militares passaram a exigir que a modernização do Brasil ocorresse sob um governo republicano com uma postura autoritária. Eles acreditavam ser fundamentais eleger um líder capaz de conduzir o país à modernidade, mesmo que isso envolvesse desconsiderar a vontade popular. A política durante o II Reinado sempre foi complexa, especialmente em razão da rivalidade entre conservadores e liberais. Essa situação se agravou com a crise de representação insuficiente em algumas províncias. Ao final do século XIX, o centro econômico do país se deslocou do Nordeste para o Sudeste.

A província de São Paulo já se afirmava como o principal centro econômico do Brasil, mas suas elites estavam insatisfeitas com a escassa representação política que possuíam. Em contraste, outras províncias, como o Rio de Janeiro e a Bahia, que enfrentavam dificuldades econômicas, contavam com uma representação política significativa.

Essa situação provocou descontentamento nas classes mais elevadas de São Paulo em relação à monarquia, elucidando, por exemplo, a causa pela qual a província tinha o partido republicano mais forte durante o II Reinado, denominado Partido Republicano Paulista (PRP).

Além disso, a representação da sociedade dentro do sistema político era inadequada. As cidades expandiam-se e novas classes sociais emergiam. Esses novos grupos desejavam uma maior participação na política nacional, no entanto, a resposta foi totalmente contrária. Os liberais lutavam pela ampliação do sufrágio para reduzir o poder dos conservadores e dos grandes proprietários rurais, mas os conservadores conseguiram fazer aprovar a Lei Saraiva em 1881.

Nesse cenário, havia descontentamento em diversos níveis sociais em relação à monarquia. Grupos de elites ascendentes, militares, políticos, classes populares e pessoas escravizadas começaram a criticar o governo monárquico. Todos esses sentimentos de descontentamento se transformaram, em determinado momento da década de 1880, em uma conspiração.

Durante essa década, manifestações públicas tornaram-se comuns, e as críticas ao imperador aumentaram. Um ataque ao transporte do imperador, que ocorreu em julho de 1889, levou o império a impor restrições às manifestações a favor da república, mas o Brasil seguia um caminho sem volta, visto que o número de descontentes era considerável.

Em novembro de 1889, a conspiração avançava e incluía indivíduos como Aristides Lobo, Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa e Sólon Ribeiro, entre outros. O apoio do marechal Deodoro da Fonseca, uma figura militar influente e o primeiro presidente do Clube Militar, era fundamental para os conspiradores.

No dia 10 de novembro, os apoiadores da mudança se uniram a Deodoro para persuadi-lo a ingressar no movimento. Nos dias subsequentes, começaram a circular rumores sobre a conspiração, e no dia 14 de novembro, informações falsas sobre a monarquia foram divulgadas para conquistar mais apoio.

O movimento contra a monarquia continuou no dia 15, quando o marechal Deodoro da Fonseca e suas tropas se deslocaram para o quartel-general no Campo do Santana. A proposta era remover o Visconde de Ouro Preto da presidência do gabinete ministerial. O visconde se afastou do cargo e, sob ordens de Deodoro da Fonseca, foi detido. Enquanto isso, o marechal esperava que o imperador formasse um novo governo e até prestou homenagens a D. Pedro II antes de retornar à sua residência. A queda do ministério não encerrou os acontecimentos de 15 de novembro, e as movimentações políticas continuaram. Os republicanos decidiram convocar uma sessão extraordinária na Câmara Municipal do Rio de Janeiro para realizar a Proclamação da República.

No decorrer desses acontecimentos, houve uma tentativa de oposição sob a liderança de André Rebouças e do Conde d’Eu, que era aliado da princesa Isabel, mas essa iniciativa não obteve sucesso. D. Pedro II ainda acreditava que tudo seria resolvido de maneira rápida, mas essa expectativa não foi cumprida.

A Declaração da República trouxe alterações significativas na trajetória do Brasil. Os emblemas nacionais passaram por mudanças, e novos símbolos, como Tiradentes, emergiram.

 

 

Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

Proclamação da República: contexto, causas, resumo. Disponível em: >(Proclamação da República: contexto, causas, resumo - Mundo Educação)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

Quem foi Tiradentes? Conheça a sua história e condenação. Disponível em: >(https://www.todamateria.com.br/tiradentes/)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

Dom Pedro II. Disponível em: >(https://monarquia.org.br/a-familia-imperial/arvore-genealogica/dom-pedro-ii/)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

Deodoro da FonsecaDisponível em: >(https://www.todamateria.com.br/deodoro-da-fonseca/)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

Biografia de André Rebouças. Disponível em: >(https://www.ebiografia.com/andre_reboucas/)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

Biografia de Conde d'Eu. Disponível em: >(Biografia de Conde d'Eu (ebiografia))<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

Benjamin Constant. Disponível em: >(https://brasilescola.uol.com.br/biografia/benjamin-constant-botelho.htm)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

Quintino Bocaiúva. Disponível em: >(Quintino Bocaiúva (Brasil Escola))<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

A Proclamação da República. Disponível em: >(https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-proclamacao-da-republica/405054459)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

Dia da Proclamação da RepúblicaDisponível em: >(https://www.crea-rj.org.br/dia-da-proclamacao-da-republica/)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

Proclamação da República: Atlas Histórico do Brasil. Disponível em: >(Proclamação da República | Atlas Histórico do Brasil - FGV)<. Acesso em 26 de outubro de 2024.

Relembre como e por que aconteceu a proclamação da república. Disponível em: >(Relembre como e por que aconteceu a Proclamação da República - Secretaria da Educação do Estado de São Paulo)<. Acesso em 28 de outubro de 2024.

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