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A colonização holandesa no Nordeste do Brasil é um assunto interessante para quem quer entender suas raízes familiares e descobrir laços com o passado. Entre 1630 e 1654, os holandeses ocuparam uma parte do Nordeste, especialmente Olinda e Recife em Pernambuco e posteriormente a Paraíba e Sergipe, deixando marcas significativas na história urbanística, econômica da área. Se você está montando sua árvore genealógica ou escrevendo a história da sua família, investigar esse período pode oferecer insights surpreendentes e enriquecer seu legado.
ATUALIZAÇÃO (Atualização feita no dia 20 de março de 2025 às 07:00h): Na primeira versão desta pauta, o blog GuardaChuva Educação publicou que os holandeses ocuparam uma parte do Nordeste, especialmente Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Dessa maneira, foi corrigida e atualizada no texto ainda na manhã deste dia (20) após contato por via whatsapp de um pesquisador genealógico autônomo por não encontrarmos a(s) fonte(s) que respaldavam exatamente a informação sobre o contexto histórico.
No dia 14 de fevereiro de 1630, aproximadamente 60 embarcações de guerra foram avistadas na costa de Pernambuco. Registros históricos demonstram que essa frota transportava até oito mil mercenários. As bandeiras brancas e laranjas visíveis na parte traseira dos barcos eram da Província Unida dos Países Baixos, que hoje conhecemos como Holanda. Esses invasores tinham o objetivo de se apoderar de territórios sob controle português, que, na época, estava sob a União Ibérica e governado pelo rei espanhol Felipe IV.
Os moradores locais enfrentaram sérios obstáculos em sua defesa. A resposta do governo espanhol foi lenta, permitindo que os holandeses tomassem rapidamente Olinda, então capital da Capitania de Pernambuco, e capturassem o porto estratégico de Recife. A colônia criada pelos holandeses no nordeste brasileiro exigia um investimento financeiro significativo, tornando imprescindível a proteção, a formação de um exército de mercenários e a compra de navios. Contudo, essa situação também foi vital para operações comerciais altamente lucrativas.
Durante o século XVII, Pernambuco emergiu como um centro econômico relevante devido ao comércio de açúcar, que rivalizava em lucratividade com a extração de prata do império espanhol em Potosí, na atual Bolívia, além de Zacatecas e Guanajuato, no México. A presença holandesa nessa região do Brasil, por meio da Companhia das Índias Ocidentais, facilitou o comércio de tabaco, especiarias, madeiras nativas e seres humanos escravizados.
Os colonizadores britânicos costumavam chamar o açúcar de “ouro branco”. A produção e o refino desse produto estimularam o tráfico de escravizados, levando à chegada de milhares de africanos nas Américas no início do século XVI. Essa época foi marcada pela ascensão das Províncias Unidas dos Países Baixos como uma potência comercial global, beneficiada pela sua Companhia das Índias Orientais Holandesa.
Entretanto, essa situação se insere na história dos confrontos entre holandeses e espanhóis ocorridos nos séculos XVI e XVII. Holandeses e portugueses colaboraram no comércio de açúcar por muitos anos. Os ganhos obtidos pelos holandeses em suas transações com os portugueses, entre outras, ajudaram a financiar suas ações contra a coroa espanhola. Assim, em 1621, o rei Felipe decretou a proibição de qualquer comércio entre a colônia brasileira e a Holanda, além de limitar a entrada de embarcações holandesas em seus portos.
Diante desse
cenário, os holandeses elaboraram táticas para invadir as colônias americanas
sob domínio espanhol e formaram uma empresa comercial para apoiar essa invasão.
De 1637 a 1644, ocorreu um intervalo de maior tranquilidade, caracterizado por
uma queda significativa nos conflitos.
Durante esse tempo, um nobre da Alemanha, que foi contratado por uma empresa da Holanda, administrava Pernambuco. A gestão da "Nova Holanda" foi atribuída a Maurício de Nassau, que chegou a Recife em 1637 e permaneceu até 1644.
Nassau transformou Recife em uma cidade significativa na costa da América do Sul. Ele deixou um impacto cultural importante que ainda é visível em museus na Europa, além de ter feito contribuições relevantes para a ciência e publicações.
Recife era famosa por sua arquitetura única e seus grandes edifícios. Um exemplo notável é a existência de dois extensos palácios, um dos quais possuía torres que atingiam uma altura de 60 metros, uma inovação para aquele período.
Antes da derrota final dos holandeses em 1645, os trabalhadores do porto de Recife estavam impedidos de sair da cidade, e aqueles que tentavam fugir frequentemente eram atacados pelas tropas portuguesas.
Embora tivessem
perdido Pernambuco, eles levantaram âncora e partiram em busca de novas regiões
para descobrir.
Texto de Eugênio Pacelly Alves
Referências bibliográficas:
As invasões holandesas no Brasil colonial. Disponível em: >(As invasões holandesas no Brasil colonial)<. Acesso em 12 de julho de 2024.
Invasão holandesa: Portugal perde Pernambuco para Holanda. Disponível em: >(Invasão holandesa: Portugal perde Pernambuco para Holanda - UOL Educação)<. Acesso em 16 de julho de 2024.
Açúcar motivou a ocupação holandesa. Disponível em: >(Folha de S.Paulo - Açúcar motivou a ocupação holandesa - 27/04/98)<. Acesso em 17 de julho de 2024.

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